17 setembro 2013

Conheça o Fusca Frankenstein - África do Sul

Em primeiro lugar, vamos deixar uma coisa clara: isso só é estranho se você é louco por VWs refrigerados a ar. Muita gente não entende, mas os fãs dos Fuscas e seus irmãos podem ficar surpresos. Como qualquer fã do Fusca sabe, a mudança mais radical na vida do besouro foi o lançamento do Super Beetle, em 1971 – aquele modelo melhorado que nunca tivemos no Brasil. As mudanças parecem poucas, mas como se trata do Fusca, que evoluiu len-ta-men-te, elas foram revolucionárias. A suspensão dianteira teve as barras de torção substituídas por um conjunto McPherson. Isso deu espaço ao porta-malas dianteiro, que antes não servia para quase nada. O estilo dianteiro foi levemente modificado, e ficou mais largo e arredondado. Em 1973, os engenheiros da Volkswagen enlouqueceram de vez, e deram ao Fusca um para-brisa curvo e um painel de verdade, maior e melhor que o revestimento plástico da base do para-brisa. Eles fizeram isso para viabilizar a instalação de air-bags (algo que nunca aconteceu).


Para muitos foi um atentado ao carro. Os fãs conhecem o modelo modernizado alemão como 1302, e o modelo com o para-brisa curvado de 1303. Estes dois últimos modelos foram vendidos apenas na Europa, Austrália e EUA. No Brasil e no México a base mecânica do Fusca nunca mudou, mas havia um terceiro país onde o besouro nazi fazia sucesso: a África do Sul. Além da segregação de negros e brancos, o país também decidiu segregar seus Fuscas do restante do mundo. O resultado foi um filho bastardo do Fusca original com o 1302. Conheçam o VW1600S sul-africano: ele usava a base do Fusca original, com barras de torção, mas tinha o para-brisa curvo (que aumentava a área envidraçada em 6%! Uau!) e o painel do 1303. Ele também tinha o capô exclusivo, como se tivessem feito um modelo novo usando a peça antiga. As lanternas eram do tipo “fafá”, mas com a base na cor da carroceria como nos modelos 1300 brasileiros. Ah, ele também tinha aquele acabamento de jacarandá falso, como no Fuscão 1500.


Este Fusca híbrido foi a forma que o braço sul-africano da VW encontrou de modernizar o Fusca sem encarecer a produção. As alterações no ferramental custou, na época, 1 milhão de rands (R$ 235.000 em valores atuais). Foi muito barato. Não há muita informação sobre essas variações do Fusca na web (menos ainda em português), então espero que isso seja interessante. Alguém aí tem fotos detalhadas desse modelo? Compartilhe conosco, porque eu quero conhecer melhor esse carro.

Créditos: Jalopnik

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