Uma coisa é unanimidade: todo mundo já teve ou andou em um deles. Quem não se lembra de dar uma volta no espaço – claustrofóbico – atrás do banco traseiro? Neste aqui, o passeio tem veneno familiar.
O modelo da Volkswagen foi um dos que mais recebeu modificações e preparo ao longo dos anos no clássico boxer refrigerado a ar. Turbo, aumento de cilindrada, substituição do bloco pelo motor AP, V8, seis cilindros e, mais recentemente, utilização da mecânica Subaru.
Um desses exemplares, ano 1966, roda em São Paulo e seguiu uma receita antiga, herdada da própria Dacon. O carro recebeu a doação do motor de um Porsche 356. Esse projeto surgiu como um “saudosismo de juventude”, de acordo com o dono. Na verdade ele mesmo teve um modelo idêntico montado pela concessionária nos anos 60.
Externamente, após uma restauração criteriosa, o veículo chama a atenção. As rodas cromadas trazem o logotipo da marca alemã e o ronco é um pouco mais encorpado, porém sem muito estardalhaço. O acabamento interno é de primeira linha, com os três marcadores da Porsche, rádio Blaupunkt e o tradicional conta-giros no centro do painel.
A mecânica foi herdada do clássico 356 C. O motor tem 1.500 cm³ de cilindrada, carburadores duplos e entrega 110 cv brutos. Vale lembrar que este também é um modelo raro, a versão equipada com teto solar de fábrica. Os faróis de longo alcance e as famosas “panelas” de freio do Porsche fecham o pacote.
O proprietário me disse ainda que o Fusca era objeto de desejo quando descia a Rua Augusta e “dava pau”, usando palavras dele, na maioria dos carros existentes na época. Realmente algumas coisas na vida não têm preço.
Créditos: Jalopnik
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