Em 1993, o então presidente da República, Itamar Franco, solicitou à Volkswagen que retomasse a produção do besouro, que havia sido descontinuado em 1986. A ideia de Franco era vendê-lo como um carro acessível, que seria vendido por um valor mais baixo que a maioria dos automóveis novos daquela época.
Na edição de outubro daquele ano, a revista Quatro Rodas levou o Fusca Itamar (nome pelo qual ficou conhecido tempos depois) para a pista de testes. As qualidades e deficiências do projeto defasado se tornaram ainda mais evidentes com o passar dos anos. A conhecida robustez do veículo contrastava com sua falta de segurança, causada por problemas como a falta de estabilidade e o sistema de freios pouco eficaz.
Até o preço baixo, que era visto como um trunfo para justificar as vendas do Fusca, acabou não se confirmando. O carro era vendido por 7.200 dólares, valor que na época correspondia à quantia pedida pela própria VW no Gol 1000, um projeto mais moderno que o do veterano Fusca.
Ao fim da reportagem, a conclusão da equipe da revista Quatro Rodas, foi que as mudanças realizadas no Fusca Itamar não conseguiram esconder os defeitos de um projeto ultrapassado. O besouro da Volkswagen foi um dos melhores automóveis já fabricados em todos os tempos, mas a volta do Fusca provou que nem um conjunto com tantas virtudes consegue resistir à ação implacável do tempo.
O Fusca acabou sendo descontinuado pela segunda (e definitiva) vez em 1996. O último país a deixar de fabricar o Volkswagen foi o México, que produziu o carro até 2003.
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